terça-feira, 17 de maio de 2011

Este texto dispensa qualquer comentário....

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.




Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para  viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Desabafo

Fazia tempo que eu não escrevia... Mas hoje eu decidi escrever, talvez porque a minha real necessidade seja desabafar...
Não o caso não é desamor, na verdade depois de tanto tempo, de tanta espera eu posso dizer que estou plenamente feliz no âmbito amoroso...
Quem me conhece sabe o quanto sou emotiva e o quanto me apego e acreito fácil nas pessoas, mas no caso do meu namorado, ele tem demonstrado a cada dia o quanto me ama e isso me deixa segura e insegura ao mesmo tempo, bate aquele medo de que tudo seja um sonho e que eu acorde de uma hora para a outra... Mas não meu coração sabe que não é um sonho...
Então você deve estar se perguntando: "Então qual o motivo do desabafo?"
Na verdade nem eu mesma tenho essa resposta... Só sinto às vezes que pertenço a um universo paralelo, e que não consigo me encaixar em nenhum desses "modos de vida".
Não posso me queixar que sou sozinha... Porque seria uma grande injustiça da minha parte, pois tenho meu filho que é maravilhoso, minha mãe que me ajuda em tudo, meu namorado que é simplesmente estupendo e amigos fiéis e que me amam...
E mesmo assim eu me pergunto: "O que te falta?"
Talvez o que falta a mim seja idiota para quem lê... Mas me falta saber qual a minha verdadeira missão ou função na vida... Sem querer ser clichê... Longe de mim... Porém, é como me sinto...
É angustiante saber que aos 27 anos não sei o que quero ser... Me sinto de volta aos 5 anos, quando em um só dia, queremos ser médicos, heróis, advogados, milionários... rsrsrs...
Sinceramente, se tivesse uma profissão onde o pré-requisito básico é amar, eu concerteza seria especialista nela. Eu mesma me supreendo com a capacidade que eu tenho em amar as pessoas, eu amo com paixão, com devoção, é assim que eu sou...
Mas não Heidi, você está no mundo real e não no universo paralelo que você criou pra si mesma...


O fato é que eu fui tão amada que não sei fazer outra coisa a não ser amar também...
Ok... Para alguns que estão lendo estas linhas posso soar como uma completa e total imatura... Talvez eu seja, por que
não? Na verdade eu acho que as pessoas devem a si mesmas um pouco de imaturidade, um pouco de inocência, veja bem, não confunda inocência com idiotice.. A pessoa que é inocente, pelo menos na minha percepção, é aquela pessoa que não enxerga o lado ruim das pessoas, essas pessoas teimam em acreditar que todos tem um lado bom, independente de quem seja...
Enfim... Esse não era o foco do meu texto, aliás, acho que meu texto nem tinha um foco...
Eu precisava apenas desabafar...
Peço desculpas a todos que perderam seu tempo ao ler tão pobres linhas...
Mas acho que eu hoje, tinha que me valer de algo para sepultar ou exorcizar meus demônios interiores.
Até breve.